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Efeito da massagem contra dor é similar ao de analgésico

Esse texto é fruto de um estudo realizado em 2012. desde lá pouco se tem estudado sobre o assunto. Na época esta notícia caiu na mídia e foi, automaticamente, assunto para discussão e aceitação de vários que antes não davam crédito a tal procedimento. Cientistas buscam estudar, comprovar bioquimicamente e traduzir em palavras específicas da área científica, aquilo que muitos sabem por experiência e expõe com vocabulário simples e totalmente inteligível.

Na vida prática, vivencial, no convívio e laboratório da vida; sabemos desde a antiguidade, sobre a eficácia das várias técnicas de manipulação do corpo – as massagens, os procedimentos da Medicina Tradicional Chinesa como: Tui-ná, Shiatsu, Digipuntura ou Procedimentos pertencentes ao Ayurveda como: Abhyanga, Shantala, Padabhyanga, Shiroabhyanga, Udwartana, Garshana e outras). Gregos antigos, chineses e indianos já praticavam e ensinavam técnicas de massagem com o objetivo do cuidado, estímulo e restabelecimento do equilíbrio. Utilizavam em seus atletas e guerreiros depois dos exercícios no treinamento, em guerreiros antes das batalhas, em seus filhos nascidos para estimular a organização emocional e psíquica; em idosos para adequação do corpo aos efeitos do tempo e assim por diante. Mas, nos dias atuais, na era da tecnologia, uma equipe de cientistas, no Canadá, demonstrou o mecanismo bioquímico estimulado por técnicas de massagem e seus diferentes resultados de acordo com diferentes tipos de toque. O trabalho demonstra o caminho desde o estímulo, mecanismo e resultado atingido. O estudo foca no alívio da dor e assim comprova tal eficácia mas sabemos por experiência que podemos alcançar resultados ainda mais significativos com o uso sistemático das técnicas corporais.

A necessidade da comprovação científica atualmente parece ser condição “sine qua non” para que algo tenha crédito e pior, para ter crédito e ficar na teoria; e não ser devidamente experimentado, vivenciado, utilizado. Atualmente só a posição do saber comprovado já satisfaz e o laboratório mais antigo do mundo: seu corpo e tudo aquilo que você sente, presencia, vivencia e decodifica - não tem mais valor (!), são apenas sensações. O simples fato de outros terem experienciado e estudado a fundo, passando assim adiante em forma de teoria, já é bastante para uma grande maioria.

A pergunta é: A divulgação da conclusão científica para este assunto específico, a eficácia da massagem no alívio da dor, pode afastar alguém da experiência? Sim, pode afastar, pois muitos se satisfazem com o simples fato de ouvir falar. E repetem donos do saber “Todo mundo sabe que massagem ajuda, é bom...!”; o curioso é que muitos nunca passaram pela experiência e não podem de fato atestar tal conclusão.

Por outro lado, no outro hemisfério da difusão científica, temos os curiosos que se manifestam em querer viver algo que não sabem ao certo, mas acreditam ser bom e se jogam em qualquer técnica sem procurar se informar sobre o que se trata e se realmente é necessário para sua realidade.

O que saliento é uma observação sobre um desvio da força da informação. É o despreparo da maioria, o fato de não estarem de fato presentes, atentos, observando; serem apenas esponjas que absorvem sem filtrar, sem discernir. A falta da prática sincera e diária da compreensão, adequação e centramento (Yoga), é o fator que leva o indivíduo a caminhar ao sabor daquilo que ouve falar, daquilo que absorve de fontes ditas confiáveis. Será que realmente são? Até onde te invade a manipulação? Já avaliou? Experienciou?

O estudo foi amplamente difundido e comentado por vários profissionais. Sua difusão aconteceu em 2012 e o impacto dos resultados científicos retumba até hoje. O estudo foi publicado na edição de fevereiro/2012 da revista médica americana "Science Translational Medicine" foi desenvolvido pela equipe coordenada por Justin Crane e Mark Tarnopolsky, da Universidade McMaster, do Canadá.

O procedimento se desdobrou da seguinte forma:



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O número de voluntários foi de 11 pessoas. Um número pequeno para abranger diferenças tão grandes em indivíduos comuns, os corpos são muito diferentes e apresentam graus de desgaste e de resposta ao estímulo diferente. Cada indivíduo é único.


Dados advindos do relatório: "Depois de dez minutos de massagem, vias de sinalização que respondem a estresses mecânicos foram ativadas. A massagem reduziu sinais de inflamação, e células musculares massageadas eram mais capazes de formar novas mitocôndrias", escreveu o editor da revista.


A conclusão exata é que a massagem terapêutica estimula a ativação dos mecanismos de regeneração do próprio corpo, facilitando assim a recuperação após danos musculares. Logo, existe a necessidade básica para o efeito benéfico da terapêutica da massagem, que este corpo manipulado tenha condições eficazes de regeneração, que responda aos estímulos da técnica.

Foram vários os comentários após a divulgação: "A massagem depois da prática esportiva ajuda em duas coisas", afirma Victor Liggieri, coordenador do setor de fisioterapia do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. "Há uma dor normal pós-exercício. A massagem reduz o tempo da recuperação muscular. E reduz o índice de lesão patológica, por exemplo, um estiramento muscular", diz Liggieri. Ou seja, um alongamento, abrupto, do músculo, faz com que este ultrapasse seu limite elástico natural e o deixa contraído. E esta condição pode durar semanas, meses, ou dependendo da área atingida, atingir 1 ano de lesão.


"Mas não é só o atleta que está em risco", diz um fisioterapeuta que também comentou o estudo. O chamado atleta de fim de semana é a clássica vítima de dor muscular. O objetivo do estudo canadense descrito era justamente avaliar essa situação em que pessoas sem condicionamento físico sofrem dor muscular. A questão é que todas as pessoas se movimentam e qualquer movimento desatento ou abrupto, pode causar uma lesão em corpos sem preparo. As questões práticas se apresentam muito maiores que as programadas e idealizadas no laboratório canadense, mesmo porque, aqueles que se interessaram foram os que não desenvolvem nenhum condicionamento físico.


O estudo envolveu testar os músculos das pernas de voluntários submetidos a exercícios exaustivos. Dez minutos de massagem reduziram os sinais de inflamação nas células. E, algo que vai merecer mais estudo, o resultado foi parecido ao produzido por analgésicos. Segundo os autores, é importante dar validade científica a tratamentos baseados no toque, que são cada vez mais procurados em substituição ou de forma complementar ao atendimento convencional. Aprofundamento no estudo é necessário, pois, o uso de analgésicos e anti-inflamatórios de forma prolongada, intoxica o corpo, causa danos hepáticos, tem efeitos colaterais sérios no funcionamento dos órgãos internos, interferem no processo digestivo (foco do Ayurveda) e na absorção dos nutrientes pelo intestino delgado. Fatores que são anulados com o uso das técnicas de manipulação do corpo, que além de aliviar a dor, ainda estimulam de várias outras maneiras o corpo trabalhado: auxilia na digestão, tonifica órgãos, proporciona regeneração celular, oxigena o cérebro, auxilia no fluxo sanguíneo, auxilia o sistema linfático – fator que ajuda a manutenção do sistema imunológico. Certamente que todos esses objetivos são possíveis e reais em corpos que atentam para uma alimentação saudável, que tem uma boa qualidade de sono e assim constrói uma base para ser manipulada e estimulada com o domínio de várias técnicas corporais, atingindo assim a magnitude da proposta. Logo o sucesso maior da escolha integrativa e complementar é um encontro entre um bom “terreno” e um bom “semeador”, onde a técnica entra como sementes a serem disseminadas pelo terreno – corpo em forma de estímulos, pelo semeador - terapeuta.

Encontramos muitas técnicas no mercado e muitos profissionais porém, a escolha da técnica e do profissional já são o início do trabalho.


Ma ÁnandPurna

Salvador, 27 de março de 2015. Revisado em maio de 2021.



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